
Seu Comportamento Pode Estar Sabotando Sua Carreira — Mesmo com 1 Excelente Currículo
Você é um profissional tecnicamente brilhante, mas sente que algo está freando seu crescimento profissional? Talvez seu comportamento esteja sabotando sua carreira de formas que você nem imagina. Entenda por que isso acontece e como evitar.
“Contrata-se pelo currículo. Demite-se pelo comportamento.”
Essa frase é repetida em diversas pesquisas e artigos — e não é à toa. Ela resume uma realidade que muita gente ainda se recusa a enxergar.
Desenvolvimento profissional não é só diploma!
É muito comum que, ao pensar em crescimento na carreira, o foco vá direto para o currículo: graduação, MBA, especializações, certificações, cursos técnicos… E sim, tudo isso é importante. Mas só isso não basta.
Poucas pessoas param para refletir sobre o próprio comportamento no ambiente de trabalho. Menos ainda estão dispostas a se analisar de forma crítica, mas construtiva. Sem drama, sem vitimismo. Apenas com maturidade emocional.
E aí, quando acontece uma demissão inesperada, o susto vem. A pessoa se sente perdida, procura culpados, inventa justificativas… e nem sempre percebe que o motivo do desligamento não foi falta de competência técnica, mas sim de comportamento profissional.
Quando o currículo impressiona, mas o comportamento decepciona?
É claro que existem demissões por razões fora do nosso controle: cortes, reestruturações, mudanças de localidade. Mas muitos desligamentos acontecem por algo que está, sim, sob nossa responsabilidade direta: a forma como nos comportamos.
Mais de 80% das demissões são causadas por problemas comportamentais e não técnicos. A falta de alinhamento cultural com a empresa, a inabilidade de se relacionar com colegas e a falta de colaboração aparecem como causas recorrentes.

Como Identificar Padrões de Comportamento que Sabotam Sua Carreira
Mais do que nunca para obter sucesso profissional é importante conhecer e entender os comportamentos que podem sabotar sua carreira. Diante do meu conhecimento e experiência listem alguns com alto potencial destrutivo:
1 – Falta de autoconsciência
Sabe aquela pessoa que interrompe todo mundo em reunião e nem percebe? Ou que sempre acha que está arrasando, mesmo quando o clima ao redor está tenso? A ausência de percepção sobre o impacto das próprias atitudes desgasta silenciosamente as relações.
2 – Dificuldade em receber feedback
Quando recebe uma sugestão, a pessoa rebate, se justifica ou ignora. Ao invés de enxergar como uma oportunidade de crescimento, encara como ataque. Com o tempo, líderes e colegas param de dar retorno e o profissional para de evoluir.
3 – Resistência à mudança
Tudo que foge da rotina vira drama. Um novo sistema, um novo gestor, uma nova metodologia e a pessoa já está reclamando. Esse tipo de postura fecha portas, porque empresas que crescem estão sempre mudando.
4 – Falta de empatia e colaboração
É o “eu fiz a minha parte” como justificativa para não ajudar. Em equipes, isso isola e enfraquece a confiança. Empatia não é carregar o outro, é entender que todos têm desafios e que, juntos, o trabalho flui melhor.
5 – Comunicação agressiva ou passivo-agressiva
Pode ser aquele tom seco em e-mails, a ironia velada em reuniões ou o silêncio como forma de punição. Em todos os casos, o ambiente se torna desconfortável e o profissional, difícil de lidar.
6 – Postura de vítima
Tudo que dá errado “nunca é culpa dela”. A empresa é injusta, o chefe é perseguidor, o mundo conspira. Essa visão impede o crescimento, porque a pessoa terceiriza 100% da responsabilidade e não aprende com os erros.
Identificar esses comportamentos que sabotam sua carreira é o primeiro passo crucial. Muitas vezes, esses padrões são inconscientes, mas a tomada de consciência é a chave para iniciar a mudança de hábitos e construir um futuro profissional mais alinhado aos seus objetivos.

Superando a Sabotagem Comportamental na Carreira
Habilidades comportamentais e emocionais que definem como você interage com pessoas, resolve problemas e gerencia emoções são cada vez mais valorizadas e cobradas. Quantas vezes você já viu o termo “Soft skills” enquanto buscava por recolocação? É exatamente disso que se trata.
E apesar de parecer uma “exigência nova” no mercado, o termo é bem antigo, na verdade. Surgiu nos anos 1960 no Exército dos EUA, para descrever habilidades “não-técnicas” essenciais em combate (como trabalho em equipe sob pressão).
Na prática o importante é buscar o equilíbrio. Existem ações simples podem fazer toda a diferença, algumas sugestões:
1- Se observe com frequência
Autoanálise não é autojulgamento. Tente refletir no fim do dia: “Fui respeitoso(a)? Colaborei com o time? Onde posso melhorar amanhã?” – Pequenos ajustes diários constroem grandes mudanças.
2 – Busque feedback sincero
Pergunte a colegas e líderes de confiança: “O que posso fazer para trabalhar melhor em equipe?” Ouça com abertura. Se algo doer, respire. Talvez seja exatamente o que você precisa para crescer.
3 – Pratique a escuta ativa
Quando alguém fala, foque na escuta e não na resposta. Demonstre interesse com o corpo, evite interrupções e valide o que entendeu. A escuta é uma das formas mais potentes de respeito.
4 – Treine a comunicação assertiva
Fale com clareza, mas com respeito. Diga o que pensa, mas sem agressividade. A assertividade está entre o silêncio que engole e o grito que machuca. E pode (e deve) ser treinada.
5 – Desenvolva sua inteligência emocional
Reconheça suas emoções, entenda os gatilhos, pratique o autocontrole. A inteligência emocional é o que separa reações impulsivas de decisões conscientes. Livros, terapia e mentorias podem ajudar muito.
6 – Foque no que está sob seu controle
Não dá para mudar o chefe, a empresa ou o mercado. Mas você pode mudar a sua postura. E isso já transforma o ambiente e (quem sabe) a sua carreira.

Competência técnica abre portas. Comportamento as mantém abertas!
Você pode ter todas as certificações do mundo, dominar ferramentas, números e processos. Mas se sua postura diária não acompanha seu currículo, a conta vai chegar.
A boa notícia? Comportamento não é destino. Sim, mudar exige mais do que fazer um curso: demanda autocrítica, paciência e (muita) força interior. É um trabalho contínuo, muitas vezes incômodo, mas cada pequeno ajuste traz recompensas que vão além do profissional.
No fim do dia, empresas são feitas de pessoas. E pessoas precisam conviver. Seu comportamento fala mais alto sempre. Mas se ele ainda não reflete quem você quer ser, lembre-se: a escolha de evoluir é só sua. E vale a pena!
Antes de investir no próximo curso técnico, talvez valha refletir: como anda sua escuta? Sua adaptabilidade? Sua forma de lidar com críticas?
Essas são as verdadeiras certificações que ninguém coloca no LinkedIn, mas que todo mundo nota.
Se sua demissão chegou antes desse artigo, não se desespere! Pode ser a oportunidade perfeita para recomeçar em grande estilo! Leia aqui histórias que podem te inspirar nesse recomeço.
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Sugestões de leitura e referências
Para aprofundar ainda mais seu autoconhecimento na carreira e fortalecer suas habilidades comportamentais, separamos alguns recursos e leituras complementares que foram essenciais para a construção deste artigo e podem te ajudar na sua jornada de desenvolvimento:
- Daniel Goleman – Inteligência Emocional
- Carol Dweck – Mindset
- Amy Morin – 13 Coisas que Pessoas Mentalmente Fortes Não Fazem
- Relatórios Gallup sobre comportamento no trabalho
- Harvard Business Review – Soft Skills e Liderança – Fórum Econômico Mundial – Future of Jobs Report
Se você gostou dessas dicas sobre comportamento na carreira, temos um vídeo especial em nosso canal que complementa esse tema.
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