
Paradoxo da Escolha: Como o Excessos de Opções Pode Arruinar Sua Produtividade
Vamos começar falando da minha experiência mais recente com esse que talvez seja o mais novo “mal do século” – Paradoxo da Escolha! Decidi criar um site com o objetivo de contribuir positivamente na vida de outras pessoas, usando meu conhecimento profissional e minha experiência de vida.
Certo, objetivo definido. Idealizei o nome, construí o layout e o veículo para postagens. Fiz o cadastro, preenchi os formulários e agora é só começar a escrever, certo? Claro que não! Faltam os temas, não podemos esquecer desse detalhe crucial. Afinal é um site!
Minha empolgação em partilhar era tanta que não foi difícil pensar em temas, as ideias fluíram naturalmente e de repente tinha uma lista considerável de opções, afinal é o meu site e tenho liberdade para escrever sobre o que eu quiser, certo?
Não necessariamente, pois eu fiquei cerca de 70 dias paralisada diante de uma lista com 53 temas para este site. Sim, 53. Queria começar com algo “perfeito”, mas quanto mais eu analisava, mais ideias surgiam e mais confusa ficava. Até que percebi: eu era a vítima clássica do Paradoxo da Escolha!
Conheça o Paradoxo da Escolha. Minha Armadilha, e talvez a sua também!
O nome te parece estranho? Mas talvez você o conheça melhor do que imagina. Você já passou mais de meia hora no supermercado tentando escolher o melhor shampoo dentre as dezenas de opções na prateleira? Uma hora no aplicativo do Ifood olhando avaliações para decidir entre as diversas opções de restaurantes disponíveis? Ou quem sabe perdeu duas horas no catálogo da Netflix sem decidir o que assistir?
Neste artigo, vou explicar por que o excesso de opções nos paralisa, como isso afeta sua carreira e vida pessoal, e o mais importante, como escapar dessa armadilha. Spoiler: tem a ver com aceitar que ‘bom o suficiente’ muitas vezes… é ótimo.”
Bem vamos começar do início: O Que É o Paradoxo da Escolha?
Em 2004, o psicólogo Barry Schwartz cunhou o termo em seu livro “The Paradox of Choice: Why More Is Less”. A tese é simples:
“Ter liberdade de escolha é essencial para o bem-estar, mas o excesso de opções gera ansiedade, paralisia e arrependimento, mesmo após a decisão.”
Vamos voltar ao exemplo da Netflix: Um estudo da Neilsen mostrou que o assinante leva em média 7 minutos para escolher um filme, sendo que aproximadamente 73% desistem antes de decidir.
E se pensarmos em Supermercados:

Em 1976 um mercado tinha contava com cerca de 9 mil itens, enquanto atualmente podemos encontrar mais 40 mil.
Na ‘teoria’ a quantidade de opções nos proporcionaria melhores, certo? Mas na prática observamos que 60% das compras são feitas no piloto automático!
(Journal of Consumer Psychology)
E quais são os prejuízos na nossa vida cotidiana?
Levando em consideração a minha própria experiência pessoal conseguimos destacar os 3 principais:
Paralisia Decisória

Minha lista de temas virou um labirinto. Quanto mais eu pesquisava, mais adiava. Resultado? Zero artigos publicados!
Um experimento da Columbia University mostrou que, ao oferecer 6 tipos de geleia, 30% dos clientes compravam. Porém ao ampliar as possibilidades para 24 tipos, apenas 3% compravam.
Ansiedade Pré-Decisão

Seu celular quebra e você precisa urgente de outro, você sabe que existem milhares de opções de mercado com as mais variadas marcas, valores e funcionalidades. A perspectiva de que terá que escolher uma opção entre centenas de opções gera ansiedade antes mesmo de você realmente iniciar o processo de compra.
Arrependimento Pós Escolha

E mesmo após toda essa jornada para a escolha da melhor opção, existe grandes chances de que após finalizar a compra, você descubra um benefício adicional de outro modelo ou uma promoção em outra loja. Resultado: Você irá acreditar que não fez a ‘melhor escolha’ e permanecerá com o sentimento de frustação.
No meu caso, mesmo após definir este tema, fiquei me perguntando se outro tivesse mais engajamento ou se não deveria ter iniciado falando mais sobre quem eu sou e coisas do tipo.
Mas, vamos ao que realmente interessa, o que podemos fazer para contornar essa situação e finalmente conseguir “destravar”?
Da Paralisia à Ação: O que eu fiz para vencer o Paradoxo da Escolha (e que você pode fazer também)
Autoconhecimento é o Primeiro Passo. Primeiramente é necessário entender o que realmente acontece com você. Durante meu ‘sofrimento’ de tentar escolher um único tema para começar descobri o conceito do paradoxo da escolha, estudei a respeito e entendi que era o que estava acontecendo comigo. Esse é o primeiro passo, buscar esse entendimento no seu íntimo, pois só podemos evoluir após reconhecer o problema.
Com isso em mente, vou apresentar 3 Estratégias para Escapar do Paradoxo da Escolha (Que Funcionaram Comigo).
1. O “Bom o Suficiente”

Schwartz diferencia “maximizadores” (buscam a opção perfeita) e “satisficers” (aceitam o satisfatório).
Muitas vezes o que nos parece apenas ‘satisfatório’ ou ‘mediano’, pode em verdade ser a opção ideal. No meu caso decidi que meu critério seria: O hoje. Entendi que começar pela ‘minha dificuldade de começar’ seria o tema que eu conseguiria escrever com mais autenticidade no momento.
2. Limite Artificial

Jobs usava só turtlenecks pretos para reduzir decisões triviais. Isso significa que que só devo usar camiseta preta de agora em diante? Claro que não! Mas entenda considerar milhares de opções não significa que fará a melhor escolha, na maioria das vezes ter poucas (e boas) opções facilitará sua vida e te fará ganhar um tempo valioso.
3. Teste de 10/10/10

Como me sentirei sobre essa escolha em 10 dias, 10 meses e 10 anos? Essa análise te ajudará a entender a real importância da decisão que está prestes a tomar e mensurar quanto do seu tempo ela realmente merece.
Decidir qual faculdade cursar, qual carro comprar ou quando se casar, realmente merece muita reflexão. Mas, por favor, pare de perder tempo no catálogo da Netflix, com uma decisão que não te impactará por menos de duas horas (a menos que escolha Senhor dos Anéis).
E sabem qual foi a minha conclusão?

Sim, bem clichê. Mas é realmente a forma mais simples de resumir essa história. Devemos, ao menos nesse sentido, ressignificar o conceito de liberdade. A liberdade não está na quantidade de opções, até porque como poderei ser livre paralisada diante delas.
E sim, a minha lista ainda tem 53 temas, prometo que irei trabalhar nisso. Mas, o mais importante é que consegui ‘destravar’ e você está lendo o meu primeiro artigo (obrigada por isso).
E você? Já travou por excesso de opções? Então se este texto te ajudou a simplificar uma decisão, espalhe essa ideia!
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Sugestões de Leitura e Referências
- The Paradox of Choice (O livro que originou o conceito) – Barry Schwartz
- Essencialismo (para aprender a filtrar opções) – Greg McKeown
- Rápido e Devagar (entenda como nossa mente decide) – Daniel Kahneman

